Partilhámos palavras, música e emoções, respirámos o perfume dos livros, num espaço acolhedor, cheio de História e de Poesia...
Foi mais um serão de Cumplicidades, na biblioteca de Mértola, com um público especial e um estendal de poemas mesmo à mão de levar para casa...
O nosso agradecimento à Drª Isabel Martins e à Câmara de Mértola pelo convite.
terça-feira, 25 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
domingo, 16 de março de 2014
Almada Negreiros
Nós não somos do século de inventar palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.
Almada Negreiros
Capital
Casas, carros, casas, casos.
Capital
encarcerada.
Colos, calos, cuspo, caspa.
Cautos, castas. Calvos, cabras.
Casos, casos... Carros, casas...
Capital
acumulado.
E capuzes. E capotas.
E que pêsames! Que passos!
Em que pensas? Como passas?
Capitães. E capatazes.
E cartazes. Que patadas!
E que chaves! Cofres, caixas...
Capital
acautelado.
Cascos, coxas, queixos, cornos.
Os capazes. Os capados.
Corpos. Corvos. Copos, copos.
Capital,
oh! capital,
capital
decapitada!
David Mourão Ferreira
Nada pode ser mais complexo que um poema - Herberto Helder
nada pode ser mais complexo que um poema,
organismo superlativo absoluto vivo,
apenas com palavras,
apenas com palavras despropositadas,
movimentos milagrosos de míseras vogais e consoantes,
nada mais que isso,
música,
e o silêncio por ela fora
Herberto Helder
organismo superlativo absoluto vivo,
apenas com palavras,
apenas com palavras despropositadas,
movimentos milagrosos de míseras vogais e consoantes,
nada mais que isso,
música,
e o silêncio por ela fora
Herberto Helder
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