sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Manuel da Fonseca | Amigo



 Amigo
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda,amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha
abre os braços e luta!
Amigo,
Antes da morte vir
nasce de vez para a vida.

Manuel da Fonseca
                                                                                                     

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Diálogos, em Mértola, com público escolar...

Em Mértola, no final do espetáculo, distribuíram-se quadradinhos de poesia "para ler ao deitar, ao levantar ou nas restantes horas de tristeza..." com diz o poeta...

 

Diálogos - espetáculo para público escolar em Mação

Estivemos em Mação, com alunos de 3º ciclo...
Partilhámos palavras, emoções... numa sala cheia de poetas.







Miopias - fotos do espetáculo

Em Lisboa, no dia 29 de janeiro, no auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro... miopia rimou com utopia...

O público aceitou o desafio e subiu ao palco...












José Afonso - Enquanto Há Força



José Afonso - Enquanto Há Força 

Enquanto há força
No braço que vinga
Que venham ventos
Virar-nos as quilhas
Seremos muitos
Seremos alguém

Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também

Levanta o braço
Faz dele uma barra
Que venha a brisa
Lavar-nos a cara
Seremos muitos
Seremos alguém

Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também.